domingo, 13 de junho de 2010

4 ANOS ...

4 ANOS...

Na realidade ontem 12 de junho é a data correta, mas fiquei pensando em como escrever sobre essa distância ...Se passaram 4 anos... 4 anos de saudade, de ausência, de sofrimento. Eles estão do outro lado do mundo, literalmente, no Japão. É lá que está a família do meu primogênito, sua esposa e as duas filhas (a caçula por sinal, nascida lá).
Quando ele embarcou, sua meta eram exatos quatro anos, ele disse: Mãe, quatro anos passam depressa e aí ,já estarei voltando. Foi essa a frase.
As vezes acho que realmente passou muito depressa, mas tantas coisas deixamos de viver juntos, alegrias, tristezas, emoções, discussões...é...e momentos únicos que não voltam.
Ao mesmo tempo, eles também viveram coisas e momentos que não pude compartilhar, como ver o primeiro dentinho da minha neta cair, o primeiro dia de aula, a primeira letrinha escrita, as apresentações do dia dos pais e das mães, as cantigas de escola, aprendendo a andar de bicicleta, o nascimento da segunda neta, o cair do umbiguinho, o primeiro banho, o primeiro sorriso, as resmungações de bebezinho, como se conversasse com a gente.
O tempo passou...4 anos...eu as vezes, ou melhor, sempre me pergunto: Vale a pena? Sair do meu país, da minha terra, ficar longe de tudo e de todos, por dinheiro? Viver num lugar onde a vida é trabalho muito diversão pouquíssimo?
Eu penso que não vale a pena nos distanciarmos das pessoas que amamos por nada, mas por nada mesmo, pois os quatro anos passaram e de certa forma muito rápido, embora doloroso, por esse motivo, me faz sempre pensar que se 4 anos passaram tão rápido, significa que a vida está passando muito rápido e que momentos preciosos estão sendo deixados de viver, compartilhar, sentir...
Neste tempo, coisas boas aconteceram, mas coisas ruins também, um dos avós faleceu, os outros sempre adoentados, (embora aguardem esse retorno anciosos), vale a pena?
O prometido não foi cumprido. Estou eu aqui 4 anos depois escrevendo sem saber quantos anos ainda mais. Gostaria muito de estar falando hoje da alegria de recebe-los de volta, da festa que fizemos, as pessoas que estiveram para recepcioná-los...quantos anos mais?
Hoje já não crio mais expectativa. Simplesmente espero.

Um comentário:

Rosa Calvi disse...

Dê!

Quatro anos para um a mãe é uma eternidade, sei o qt vc sofre com a ausencia do seu filho e suas netas. A partir do momento que nos tornamos mães, sabemos que a nossa vida será uma longa espera...
Bjs!